Tuesday, September 26, 2006

No quintal dos meus avós é assim....


Setembro 2006

Monday, September 25, 2006

Le bise...


Le baiser de l'hôtel de ville, Robert Doisneau

Leituras XI: A Sombra do Vento...




A minha segunda leitura nas férias foi este fantástico, sim, fantástico livro de Carlos Ruis Zafon.

É um mistério literário que tendo como cenário a Barcelona ensombrada pela Guerra Civil Espanhola e pela 2ª Guerra Mundial, nos leva a mergulhar de cabeça nas várias histórias de amor, de encontros e desencontros, nas palavras do personagem central:Daniel Sempere.


Uma história que começa numa manhã de 1945, quando o pai o leva a descobrir o Cemitério dos Livros Esquecidos. Aí, de entre os milhares de livros guardados, esquecidos nas estantes, Daniel vai escolher ler aquele que irá mudar para sempre a sua vida: A Sombra do Vento mas esse, de Julian Cazar.

É um livro sobre um livro. Um daqueles que não conseguimos fechar, esquecer.

Não escrevo mais porque acho que seria uma crueldade para quem o quiser ler. Deixo só uma breve passagem:

Bea diz que a arte de ler está a morrer muito lentamente, que é um ritual íntimo, que um livro é um espelho e que só podemos encontrar nele o que já temos dentro, que ao ler aplicamos a mente e a alma, e que estes são bens cada dia mais escassos.

Ram, ram...

De volta ao reboliço depois de quase 3 semanas de férias, custa um pouco a entrar no ritmo, mas acredito que vou conseguir! Atirada para a realidade quotidiana suspeito que não terei outro remédio que não habituar-me.
Entretando fiz o que se deve fazer em férias: n ada. Um nada que se traduziu, entre outras coisas, em leituras.
O primeiro, Principessa, de Peter Prange, é uma boa história, baseada em factos históricos e com imaginação q.b. à mistura retrata a Roma do século XVII através de uma mulher que nos leva, leitores, a conhecer dois dos grandes arquitectos da época: Bernini e Borromini. Só tenho dificuldade em sugeri-lo por causa da pobre, muito pobre tradução. E atenção que não sou uma daquelas fundamentalistas que analisa palavras atrás de palavra à procura do erro. Esta é, de facto, uma muito pobre tradução. De qualquer forma o autor, que escreveu originalmente em inglês, não tem culpa disso, portanto, porque não?....

Wednesday, September 06, 2006

Sinto...

Sinto que ando a desvirtuar os caminhos deste Ler Devagar. Não sei bem como nem porquê. Mas sinto que algures no caminho, me desviei do rumo inicial. Se mais alguém reparou e, como eu, nao gostou, peço que me entenda, nem sempre é fácil sustentar um blog. Vou de férias, 2 semanas (inteirinhas!) e prometo que, quando voltar, vou tentar voltar ao ponto de partida.

Funeral Blues...

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever; I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood,
For nothing now can ever come to any good.

W. H. Auden

Tuesday, September 05, 2006

Leituras X: O Mistério da Cripta Assombrada...


...de Eduardo Mendoza.

Fui seduzida por este escritor catalão logo no primeiro livro que li dele, Uma Comédia Ligeira. Pouco tempo depois aventurei-me no Cidade dos Prodígios e, o por último deliciei-me com o A Aventura do Cabeleireiro de Senhoras, uma fantástica sátira à sociedade espanhola.
Mas desde esses três livros já passou muito tempo. Achei que era altura de voltar a ler Eduardo Mendoza e resolvi-me por este O Mistério da Cripta Assombrada.
Como sempre tem acontecido, perdi-me nas palavras deste escritor e fiquei viciada na história de um detective que acaba de sair de um manicómio e que nem detective é, e que ao longo da narrativa consegue meter-se nas situações mais improváveis, impensáveis mesmo.
Num colégio de freiras uma jovem de 14 anos desaparece misteriosamente sem deixar rasto. Reaparece, 2 dias depois, sem se conseguir lembrar de nada do que entretanto aconteceu. 6 anos depois desaparece outra rapariga, exactamente nas mesmas circunstâncias. Um doente mental, internado num manicómio, é forçado pelo comissário Flores e pela Madre Superiora do colégio a investigar o caso.
Este detective sem nome, é sem dúvida um herói atípico que conta as suas aventuras rocambolescas com um humor surpreendente.
Este é muitas vezes referido pelo autor como o livro que mais gostou de escrever. Foi o seu segundo livro e foi escrito, sem rascunho, sem investigação, numa semana de retiro no seu apartamento em NY.

Monday, September 04, 2006

Sabor a pimenta...

Passada a euforia inicial da chegada da Eva, começo já a preparar planos de emergência para salvar os meus móveis e tapetes como o de andar pela casa a esfregar pimenta nas esquinas, nos pés das cadeiras ou nos cantos dos tapetes. Espero que não seja vã esta tentativa de salvar algum do meu mobiliário, gostava sinceramente de conseguir salvar algumas peças.
Mas a verdade é que a ternura da Eva compensa algumas destas chatices. É impossével brigar durante muito tempo com ela, em especial quando ela faz uso da sua arma mais poderosa: o olhar dengoso.
Preparo-me para pôr pimenta e já me rio só de pensar naquela trôpega de 3 meses a tropeçar nas suas próprias patas a correr para a taça da água...

Friday, September 01, 2006

Meet Eva...