Monday, July 31, 2006

Silly season...

...gosto tanto desta altura do ano, em que escolhemos viver ao nosso ritmo e não regidos pelo compasso marcado pelo trabalho, pelos horários pelos têm que ser feitos. Nestes dias, que parecem intermináveis e com cores que só se pintam nestes fins de tarde, nestes dias, dizia eu, satisfazemo-nos com tão pouco. Uns raios de sol, uma água fresca numa esplanada, um gin tónico num fim de tarde com vista para o mar, um passeio de fim de tarde, um mergulho na hora de almoço, as roupas leves.
O frio também é bom, mas no Inverno, é tão mais difícil contentarmo-nos...

Com muita pena minha...

...constato que parece que chegou ao fim uma das minhas "leituras obrigatórias". Não por falar de temas políticos incontornáveis, não por ser um blog reconhecido como opinion maker, mas porque raras vezes senti tanto com palavras escritas por outros. Não é para todos.

Saturday, July 29, 2006

Não tens boa cara mas terás bom coração?

Hoje, pelo canto do olho e de orelha aguçada ouvi uma conversa da Sra. Justina consigo mesma. Enquanto abria e remexia o saco da fruta que guarda junto do seu armário, e por entre uns "ai como isto já está, ai como isto já está", escolheu uma laranja com ar de já ali estar guardada há uns bons dias e suspirou: Não tens boa cara mas vamos ver se tens bom coração...

Friday, July 28, 2006

Malas...


Amanhã vou de férias... fiz um intervalo dos preparativos para desabafar: o quanto eu detesto fazer malas!! (a imagem escolhida demostra a nossa ida para o aeroporto...) após 2 horas tenho pilhas de roupa de cima da cama, já não sei se alguma coisa faz conjunto, desesperei e coloquei 6 t-shirts brancas... (juntamente com o resto, é claro, que não consegui voltar a guardar nada). Assim, em caso de necessidade, a t-shirt branca "quebra o galho"... passei aos sapatos... de passeio, de praia, de noite, de campo, de cidade... desisti... passei para a mala do Martim... piorou... calções para o calor, calças para a noite, roupa de praia... roupa para se estiver frio, fraldas, fraldas para a piscina (para não passar vergonha no hotel), chapéu, biberão, protector... ainda bem que só tenho um filho... quando tiver mais alugo um contentor... e pior é aquela sensação que falta alguma coisa!!! olho, olho, e acho que não vai caber tudo...
Bem pessoal, vou de férias! Volto dia 7! Divirtam-se na minha ausência...

Resolução de ano novo em Julho...

...resolvi, e atenção que é mesmo à séria, que vou deixar de me rir ou sequer sorrir de piadas às quais não acho graça nenhuma, só para que o emissor não fique constrangido.

Paris IV...




A banda toca e a "vespa" passa...

Wednesday, July 26, 2006

Paris III...



Casa de prazeres no meio do lago do Chateaux de Fontainebleu....

Paris II...


À noite, às horas certas, durante 15 minutos, é assim...

Paris I...

Piquenique, Domingo à noite, numa ponte junto ao Louvre...

Sugestão para deprimir...



Talvez não seja a leitura mais indicada para um dia de praia, mas não resisto... Não se deixem enganar pela capa (que parece de livro policial de 3ª categoria)... É a história de uma criança, contada na primeira pessoa e o processo do seu adoecer psíquico, por não ser "olhada" realmente pela família... daí o nome do ponto cego... Não tenho a capacidade inata da lenca para fazer um apanhado melhor da história, mas fica aqui registado. Ossos de afício: gosto de um livro que me faça pensar no que vejo todos os dias, nos problemas da saúde e da doença psíquica, do que realmente marca a vida das pessoas... Apesar da minha falta de inspiração, acreditem: vale a pena.

Sugestão para deprimir...

...

- "Então? Ouve, vou de férias e podias dar-me umas sugestões de livros para levar e ler..."
-"Vai ao meu Blog que tem lá dicas de livros"
- "Tem? Quando lá fui só vi umas dissertações tuas"
-"..."

Wednesday, July 19, 2006

Em dias de nostalgia...

Com tantos pedidos - 2- fica impossível não dar algumas sugestões de leitura para este Verão. Mas aviso já, a quem estiver disposto a aceitá-las ou a sequer ler este post, que não são as "leituras de férias" as que aqui vão ler. Gosto de histórias que me fiquem na memória, que me marquem e me ensinem de alguma forma, que me façam viajar no tempo e no espaço, e porque não, que me façam até, sentir fazer parte da narrativa.
Para dias de nostalgia. Sabem, aqueles em que nos movemos com calma, em que damos por nós a pensar na vida, em que sentimos um aperto no estomago sem bem saber porquê....aqueles dias em que preferimos a sombra ao sol, o vinho ao gin, a música jazz aos ritmos quentes do Verão.
Não te Movas, de Margaret Mazzantini.
Um livro que me impressionou muito. Uma história que entretanto passou para o grande ecrã sem grandes destaques. Não vi o filme, não posso fazer comparações mas o livro, sem dúvida imperdível. O sentimento de impotência de um pai, médico, que revive a sua vida enquanto a filha é operada depois de um grave acidente de mota.
" Sou o teu pai….mas sou um homem….E fui um homem lívido e bárbaro que violou uma mulher…uma menina apenas um pouco envelhecida…. Fi-lo porque a amei logo e não a queria amar….fi-lo para a matar e queria salvá-la… Ao esfregar os olhos para empurrar para trás aquela imagem de mim próprio….vejo um homem….um dorso de cio que se aproxima de ti… E agora agarro-o pela nuca e digo-lhe: cuidado contigo….essa aí é a Angela….o branco da minha vida…”
Esta expressão "o branco da tua vida", nunca mais a esqueci....Tão clara, tão incrivelmente incisiva sem precisar de usar as "palavras caras".
Os Sonhos de um Truficultor, de Gustaf Sobin.
O escritor francês, conta-nos a história de Phillipe que, depois da morte da sua jovem mulher, grávida daquele que seria o seu primeiro filho, consegue reviver a sua vida através dos sonhos que ocorrem quando come as trufas.
Mas as trufas, limitadas ao Inverno, acabam por resumir este homem à mais perfeita solidão durante todo o resto do ano, levando-o a isolar-se do mundo, das aulas que tanto gostava de dar, da vida que lhe corria nas veias.
"Sobe Phillipe, fazes-me falta..."
Em Nome da Terra, de Vergílio Ferreira.
Sem dúvida, um dos grandes romances portugueses. Que escrita, que capacidade de nos arrebatar, a nós, leitores.
“Querida. Veio-me hoje uma vontade enorme de te amar e então pensei: vou-te escrever. Mas não te quero amar no tempo em que te lembro. Quero-te amar antes , muito antes. É quando o que é grande acontece. O que é grande acontece no eterno e o amor é assim, devias saber. Ama-se como se tem uma iluminação.Ou como quando se dá uma conjugação de astros no infinito, deve vir nos livros…”
Quem Ama Não Dorme de Robert Schneider.
É uma história de acreditar, esta de Quem ama não dorme mas é também um história de desistir. Elias Adler nasceu diferente, com os olhos amarelos reluzentes que assustavam a população da aldeia que via nele um qualquer sinal maléfico. O Cenário, uma aldeia pobre nos Alpes austríacos. Os personagens: a população, mesquinha e casmurra que não acredita em nada que saia do previamente definido.
"Não havia como escapar…o destino de Elias estava traçado desde o momento em que os seus olhos amarelos viram o mundo…"
Um grande romance que se devora de uma só vez...

Tuesday, July 18, 2006

Proposta



Habitualmente, quando entro numa livraria disposta a comprar um livro, fico indecisa entre tantos, que não resito e telefono à minha amiga leca a pedir uma sugestão. Garanto que os melhores livros que li ultimamente foram sugeridos por ela (por isso continuo a usar a técnica...). No entanto, reconheço que sou uma amiga um pouco "cola", obrigando-a ter "debaixo da lingua" várias sugestões, consoante o meu estado de espirito e disposição (mais nostáliga, mais aventureira, mais futil, etc.). Assim, venho aqui propor publicamente que a lenca escreva um post com sugestões de leituras para as férias (e para os vários ânimos das férias). Boa?

Instinto...


Meu Martim não tem bonecas... não que haja algum preconceito familiar a esse nível, mas nunca nos ocorreu, nem ele nunca pediu... como a maioria dos pais de rapazes oferecemos-lhe carros, ferramentas, bolas, soldados e piratas (estes últimos têm sido muito apreciados desde a ida à Disney, havendo cá em casa o "perna de pau" o "esqueleto", o "pirata gordo" e claro, o "Capitão Gancho", todos devidamente armados de espadas e acessórios afins). Estava assim o Martim envolvido neste cenário de lutas entre guerreiros e piratas, quando me aproximo e falo. O martim apressa-se a mandar-me calar com um: "Xiuu!! Esta a fazer nana!!". Olho e vejo o Capitão Gancho a ser embalado ternamente nos braços do meu filho. A brincadeira continua, o Capitão Gancho é colocado suavemente numa cama (com a espada em punho), mas rápidamente é erguido de novo e aconchegado com a seguinte justificação: "tá a chorar! Quer colo!".

Moral da história: não há como negar... o instinto materno ou paterno está em nós, e quem não tem cão, caça com gato... não sejamos preconceituosos: porque é que o Capitão Gancho não tem também direito a colinho e biberão? Também é filho de Deus! Quem sabe o Martim não fez uma brilhante descoberta: que o que os maus precisam é de colinho e beijinhos... quem não recebe, também não consegue dar... Meu filho ainda vai mudar o mundo...

Falhas


Às vezes ficam "buracos" na existência de todos nós que urgem ser colmatados, para podermos finalmente dar sentido à nossa vida e seguir em frente. Tentamos de muitas maneiras arranjar forma de preencher essas falhas (às vezes de formas bem doentias), mas muitas vezes somos mal-sucedidos, porque no fundo esperamos que quem se esqueceu de preencher essa falha, ou quem abriu esse buraco, volte atrás e faça o processo de reparação. Às vezes essa pessoa não vem, ou quando vem, já é tarde demais... Há quem espere a vida inteira (como no filme AI do Spielberg), há quem ignore a falha e continue arranjando formas mais ou menos loucas de a ignorar e felizmente, há quem consiga encontrar dentro de si ou em alguém a pecinha que faltava...

A hora da despedida...


Roy Lichtenstein, Kiss


...não tem mais encanto.

Monday, July 17, 2006

O tempo...

....O tempo não volta para trás, o tempo não pára, o tempo não anda mais depressa ou devagar consoante a nossa vontade. O tempo tem horas e minutos só seus e não negoceia. Os segundos suspensos no tempo são intermináveis mas as horas passam a correr. O tempo não é justo.

Friday, July 14, 2006

Leituras VIII: Um amor feliz...




...de David Mourão Ferreira, está a ser um livro difícil de "digerir".

Passei anos, sem exagero, anos, à procura do momento ideal para conseguir ler este livro de que tantos falavam tão bem. Além de que tive aquela sensação de amor á primeira vista quando li o título. Tinha que escolher a altura ideal para ler este "amor feliz"... Encontrei essa altura, esse momento, há mais de um mês atrás e agora ando a evitá-lo, quase a fugir dele. Se está na mesa de cabeceira e eu estou no sofá, opto por tirar um livro da prateleira sob o ridiculo pretexto de que o outro está muito longe. Se vou para a praia, convençço-me de que aquele não é um livro que mereça ser lido na praia...
Mas a verade é que, depois de ter encontrado o momento perfeito, voltei a perdê-lo sem ter chegado à ultima página...

Tuesday, July 11, 2006

Eles andam aí....

Num belo dia de Domingo resolvo ir aquela praia a que nunca vou, pelo prazer de comer uma daquelas panquecas que apesar de saber maravilhosamente deve fazer horrores à linha. Uma vez lá estaciono o carro num daqueles lugares bem grandes que me faz pensar, Porque não venho aqui mais vezes? E lá vou comer a panqueca e tomar banhos de mar e de sol até fartar o que acontece mais de 4h depois.
E depois regresso ao carro, naquela calma de quem tem o corpo e a mente relaxada pelo sol e deparo-me com um burburinho de gente à volta do meu carro. 2 agentes da autoridade e um casal cuja rapariguinha, histérica, dona do carro que entretanto aparece enfiado na parte de trás do meu, me acusa de ter batido no seu carro (numa descida, o meu carro à frente do dela) e de ter fugido do local do acidente. Exacto, esse local onde estou agora a chegar calmamente munida da minha toalha e onde de iniciativa própria me apresento como dona do carro.
Digam-me, alguém merece isto? Depois de lhe explicar que não tenho como hobby domingueiro o de andar a bater em carros alheios e, deixando o carro na posição em que bateu, ir calmamente para a praia; depois de lhe explicar que se tivesse batido com má intenção teria certamente retirado o carro do local ou pelo menos deixado descair um pouco para que a bola de reboque pudesse desencaixar do para choques do seu veiculo (ui ui...); depois de lhe explicar que mais depressa a estrata teria mexido do que eu teria batido no carro dela; depois de dar todos os meus dados ao agente da polícia que ela tinha chamado ao local. Depois de lhe ter explicado que se eu tinha chegado pelas 13h50 e ela pelas 14h30 isso significava que eu teria chegado antes dela. Depois de tudo isso pedi-lhe da forma mais educada que consegui: Por favor afaste o seu carro que eu quero ir embora.
Acho que entredentes devo ter-lhe chamado alucinada ou coisa que o valha. Mas vários outros ficaram na ponta da língua...

Monday, July 10, 2006

Xiiiii...que mau feitio!

Se há uma coisa que tenho vindo a aprender é que "guardar" certas coisas para mim mesma, não compensa. Porque vou guardando, guardando, acumulando, acumulando. Mas bem pela calada, quase em voto de silêncio, porque senão não há sentido nenhum em estar calada. Claro. Mas chega o dia, normalmente inesperado, normalmente sem hora agendada, em que por um motivo qualquer, resolvo dizer, até de forma subtil - sério que sim, muito subtil para o que de facto me apetece dizer - e lá partilho 0,0000001 do que tenho estado a guardar e o resultado - Fogo, que mau feitio que tens!! E eu não vou propriamente explicar que já tinha vontade de dizer aqueles 0,0000001 há mais de dois meses. Nessa altura do campeonato só serveria para deitar axas à fogueira e, apesar do que possa parecer eu até estou a ser comedida...
E eu, confesso já não consigo trabalhar com o meu colega do lado a teclar como ser o mundo fosse acabar daqui a 7 minutos ou como se o teclado fosse o seu pior inimigo. Para vos dar uma pequena ideia, as mesas, que estavam juntas, tiveram que ser separadas caso contrário a minha parecia um barquinho à vela a navegar no meio do Atlântico Norte, em plena tempestade.
Põe os auscultadores e ouve música, diz ele.
Dah - penso eu na mais básica e destestável expressão jamais inventada - já experimentei. Só que o resultado é uma dor de cabeça daquelas que nos faz pensar que a nossa cabeça é um court de ténis, porque tenho que pôr a música tão alta que desisti no volume 9 quando habitualmente ouço no 2.
Mas calei, claro, não vou culpar o colega pela minha surdez, não é...

Acabou-se o futebolês, voltemos a falar português...

E assim chega ao fim o mundial que é o mesmo que dizer o feitiço. Retomamos todos as nossas vidas, a Sport TV diminui as suas assinaturas mensais, a SIC volta a cair nas tabelas das audiências, mulheres voltam a não querer saber nada de futebol, o tempo regressa em grande como o tema de conversa mais apreciado em conversas formais e as casas, prédios e carros, começam a voltar às suas cores originais.
Vivemos enfeitiçados durante dois meses num feitiço cíclico, com intervalos de dois anos e que começou a ser contangiante desde que o Mister Scollari veio com esta história do patriotismo. O feitiço é accionado com as bandeiras e algumas outras palavras chave. Como se ao vermos as bandeiras ou ao ouvirmos determinada palavra ficássemos , Portugal, Portugal, acreditamos na nossa selecção, somos patriotas, vamos ganhar. O antídoto passa, invariavelmente, por um afastamento da selecção do campeonato que estiver a jogar mas os efeitos duram um pouco para além dessa derrota.
Somos os 4ºs melhores do mundo!!!
Pois, eu ainda estou nesta fase dos efeitos...

Tuesday, July 04, 2006

Viva Portugal!!

Roy Lichtenstein, Pour la France
Penso que amanhã os franceses virão "contra" nós artilhados com todas as suas armas. Espero que consigamos responder-lhes à altura, se não com uma vitória, pelo menos com um bom jogo e com o sentimento de orgulho por termos chegado tão longe e termos descoberto um patriotismo perdido lá por altura dos Descobrimentos e só agora encontrado qual Santo Graal Português.
Gosto de futebol, gosto de ver jogar e até gosto de dar a minha opinião mesmo apesar de reconhecer que muitas vezes (a maioria provavelmente) não sei bem do que estou a falar. Neste mundial, confesso que me tenho divertido muito com o que tenho lido por aí, nomeadamente na Blogosfera. Concluo que de facto, apesar de termos reencontrado o patriotismo, não conseguimos encontrar o mapa para este beco sem saída que é o labirinto do pessimismo.
Li no outro dia num blog a pergunta "Ganhar o campeonato do mundo faz bem a quê?". Fiquei perplexa. Mas é preciso explicar? Logo no mais básico: ganhamos alguma coisa o que é melhor do que não ganhar nada. Isto por si só, acho eu, que seria mais que suficiente. Mas há mais. Faria bem à auto-estima dos portugueses. Se o autor da questão fosse mulher saberia bem como as mais pequenas coisas, gestos, objectos, frases, podem aumentar consideravelmente uma auto-estima pelas ruas da amargura. Imagine-se o que não faria à auto-estima dos portugueses serem considerados os melhores do mundo em alguma coisa, mesmo que uma esmagadora maioria não enha contribuido em nada , não tenha levantado o rabo do sofá, nem tirado a mão da cerveja para ajudar nessa vitória. Mesmo assim, sentir-se-iam vencedores, triunfantes.
Patriotismo não é motor da economia? Pois não mas e depois? Lá por estarmos no fundo do poço não podemos apanhar com aquela réstea de sol no rosto que tão bem sabe? Temos um brasileiro a treinar a selecção. E depois? Mau seria se ele nos incitasse a espalhar bandeiras azul e amarelas por aí mas da última vez que olhei este país estava atafulhado de bandeiras verde e vermelhas. Verdade que é atafulhado. Rasa a piroseira. Mas e depois? Se é para ter algum defeito que seja este nosso meio forçado, meio piroso patriotismo.
E Viva Portugal!!

Monday, July 03, 2006

Igualdade...


Imaginem a cena doméstica: Ana (nome fictício) interrompe a reunião com o chefe, dizendo que tem mesmo de saír, pois a creche do seu filho fecha às 6:30... sai a correr até o carro, enfrenta a cidade em hora de ponta, leva a criança até o carro e "buáááá!!" (criança não quer entrar no carro, não quer por o cinto, etc.), vai pelo caminho a cantar o "atirei o pau ao gato", para que a criança não fique aborrecida. Pára no supermercado, pois falta leite para o pequeno-almoço (birras parte dois, porque criança não quer ir no carrinho, não quer ir ao colo, não quer ir a pé... nova birra porque quer chocolates, quer brinquedos, quer atirar coisas para o chão.) Guarda compras no carro, leva criança a arrumar o carrinho de supermercado (nova birra, porque criança não quer sair do carrinho de supermercado). Chega a casa e faz jantar enquanto brinca aos cow-boys, põe loiça da véspera na máquina, dá banho à criança (tudo isto acompanhado de constantes ameças "Não mexe! Não põe na boca! Não abre! Não molha o chão!). Quando o banho acaba, criança corre nua pela casa, porque não se quer vestir. Veste-se. Contente com a limpeza, faz cocó na fralda. Chora. Não quer mudar a fralda. Jantar. Criança chora novamente: não quer sentar-se na cadeira, não quer sopa, quer colher que tem boneco, quer brinquedo. Atira arroz para o chão, cospe a sopa, derrama água. Acaba o jantar. Juntou-se 4 pratos, 3 colheres 10 brinquedos, 3 panelas, tudo no lava-loiça... Mãe e criança fazem acordo: um pouquinho de televisão enquanto mãe põe pijama e tira sapatos...

José (nome fictício) entra em casa. Sorri ao ver mãe e filho sentados no sofá e afirma que criança está tão sossegada hoje! Ana pergunta: "vais deitá-lo?". José responde convicto: "sim, mas vamos dividir tarefas: tu vais vestir-lhe o pijama, depois eu vou deitá-lo...".

Moral da história: é tão bom quando os casais dividem as tarefas!!

Intrusos...







...e chega uma pessoa a casa, ao fim do dia e depara-se com uma invasão no "quintal". Ao som do that´s the way hum hum, hum hum, I like it, hum hum, hum hum, that´s the way... um "bando" de marinheiros joga pólo aquático...

Sunday, July 02, 2006

Por falar em dentadas...


...e a propósito das férias que este ano parece que nâo vão acontecer...Bom, aqui fica o simpático macaquinho com que me cruzei na Costa Rica, em Tortuguero, em Novembro do ano passado.

Saturday, July 01, 2006

Dentadas, etc.


Esta semana fui buscar as notas do meu filho à escola (sim, porque aos 2 anos já têm notas...) e recebi a queixa que ele anda a morder todo o mundo... fiz o meu sorriso mais simpático e reconheci que em casa é igual... ferra toda a gente... (também bate com um martelo na cabeça dos colegas... mas, enfim...). Bem que quando ele era pequeno dizia que era um leão e rugia... está a levar o papel muito a sério... tenho agora o "Mogli" - o menino selvagem saido do meu ventre... mãe bruxa, pai pirata e filho selvagem... que animação!!