Wednesday, May 16, 2007

Leituras XVIII: As terças com Morrie...


É um livro pequeno que se lê numa viagem, numa tarde de fim de semana ou numa qualquer espera.

Mitch Albom, jornalista, reencontra o seu professor universitário, anos depois, quando este está em fase terminal de uma doença degenerativa do sistema nervoso que o vai deixando incapacitado. Esta incapacidade torna-se mais chocante à medida que vamos, leitores, percebendo que durante toda a sua vida, Morrie foi uma pessoa cheia de energia, boa energia, que passava aos que conhecia, alunos, familia, amigos...

É de morte, ou melhor, da aceitação da morte, como facto fundamental da vida, que fala As Terças com Morrie. Mas é também uma tese sobre a vida, das experiências vividas e de como delas tirar lições.

Entre os dois, depois do reencontro que acontece quando Mitch descobre que Morrie tem pouco tempo de vida, combinam uma série de encontros regulares onde falam de temas diversos como a morte, o amor, o envelhecimento, a cultura, a família, o casamento, o dinheiro, as emoções e finalmente da despedida.

Ah, se fosse novo outra vez! Nunca ouves ninguém dizer: Gostava de ter sessenta e cinco anos. Sorriu.Sabes o que isso reflecte? Vidas insatisfeitas. Vidas incompletas. Vidas que não encontraram sentido nenhum. Porque se encontrares sentido na vida, não desejas voltar atrás. Queres ir para a frente. Queres ver mais, fazer mais. Estás mortinho para chegar aos sessenta e cinco."Ouve, tens que saber uma coisa. Todos os jovens têm que saber uma coisa. Se estiveres sempre a batalhar contra o envelhecimento, vais ser sempre infeliz, porque isso vai acontecer de qualquer maneira. , Mitch? Baixou a voz. O facto é que vais mesmo acabar por morrer.

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